terça-feira, outubro 14, 2008

Confessa, você acredita em videntes?

foto: reprodução

O futuro a Deus pertence. É pode até ser que sim, a não ser que você resolva marcar a primeira consulta com aquela vidente que é a sensação do pedaço, que faz revelações surpreendentes a respeito do que você viverá. Verdadeiras ou não, as videntes são instigantes, despertam a curiosidade, fazendo de muitos seus escravos fiéis, com a insaciável sede de bisbilhotar dia após dia o que lhes espera. Não é de hoje que as pessoas, a maioria delas, mulheres, caem na tentação de querer saber como será seu futuro. Com quem irão casar, quantos filhos terão, se serão ricas, felizes, bem sucedidas e amadas intensamente pelo homem dos seus sonhos. Depois de ouvir tantas previsões da vidente é de praxe compartilhar tudo com as amigas, assunto que rende mais do que qualquer outro. Até aquelas que não acreditam muito, vão fazer sua consulta para dar uma conferida básica no que pode vir acontecer em suas vidas. Vai que a vidente adivinha alguma coisa que preste. E se adivinhar, vai mudar o que? Vou numa vidente, mas quero que ela me conte o próximo número a ser sorteado na Mega Sena. Será que ela me conta? Adivinha pra mim? Quem dera fosse simples assim, ouvir da vidente meia dúzias de palavras e então sair dali, aliviado, deixando todas as dúvidas e incertezas do futuro que minutos atrás nos desnorteava. E se acontecer o contrário? Sair da consulta mística pior do que entrou, com mais dúvidas martelando na cabeça. Essas consultas, para quem leva a coisa a sério mesmo, acabam por limitar as possibilidades em relação ao seu próprio futuro. Vai que seu destino seja composto por vários caminhos a serem percorridos e que numa consulta dessas a tal vidente resolva enfatizar apenas um deles. Seu pensamento ficará tão fixado naquela possibilidade enfatizada, que com o poder da sua mente, aquilo se concretizará e se tornará real de fato. Talvez, pode ser que não se concretize. Daí você terá um único problema: o da ansiedade por ter esperado por aquilo que não aconteceu. Melhor é deixar as coisas acontecerem naturalmente e pensar positivo no que você quer que realmente aconteça. Essa sensação de saber o que irá acontecer é meio sem graça, óbvio demais, previsível e artificial. Faça como o budismo costuma dizer: “o passado já se foi, o futuro ainda não veio, vivendo no presente, sabemos que este é o melhor momento”.

domingo, outubro 12, 2008

Mães, também devem se comportar

foto: reprodução

É anunciar uma gravidez, sem nem mesmo a barriga ter apontado e você já ganha o título de mãe. Sim, é um ganho, um presente de Deus, este que nos dita em seus mandamentos, honrá-la por toda sua vida. A boa e velha mãe, talvez nem tão velha, pois o que se vê por aí são mães cada vez mais jovens e inexperientes na educação de seus filhos. Algumas até tirando licença-maternidade ainda no colegial. Velha ou nova será que existe uma mãe ideal? São tantos tipos que ficaria impossível listar todos os estilos de mãe para no final eleger o modelo ideal. A melhor mãe é sem dúvida a sua mãe. Elas são que nem endereço, cada um tem a sua, mesmo estando no céu, guiando e protegendo nossos passos, às vezes desastrosos e meio complicados nesse nosso mundinho cada dia mais louco. Há alguns homens que se sentem como as mães. Querem também ficar “grávidos” junto de suas esposas. Arriscam até um enjôozinho, tem desejos de comer qualquer coisa dificílima de encontrar na madrugada e até tiram uns dias de licença pós parto. Exageros a parte, há certas mães que também precisam de um manual de etiqueta e bons modos para se comportar diante de seus filhos. É cada situação que elas fazem os filhos passar, que Glorinha Kalil até poderia pensar nesse tema para o seu próximo livro: “Mães também devem se comportar”. Falo daquelas mães palpiteiras, que não são convidadas e estão lá enfiando o nariz no lugar errado. Palpite é sempre válido, mas quando solicitado. Então para não ouvir o que não quer, contente em ficar calada em certas ocasiões. Os filhos precisam de liberdade para expressar, sentir e formar uma opinião própria. E se for dizer algo, não diga tudo que está engasgado em sua garganta de uma só vez, poderá ser desastroso e depois a culpa cairá todinha em você. E quando a mãe inventa de ficar escolhendo namorada para o filho. Essa presta, aquela não te dará futuro, ela não gosta de mim, está te fazendo de palhaço e por aí vai. Lembre-se, não é você quem vai namorar, agora é a vez dele! E a mãe que faz o tipo telefonista, não para de ligar um minuto. Quer saber cada passo de seu filho e consegue ser mais habilidosa que detetive profissional. Bendita modernidade que inventaram o celular! Tudo tem limite. Se você não confia em seu filho e precisa ligar para ele o tempo todo é sinal de que a relação entre vocês tem de ser reavaliada. Ao invés do monitoramento por celular pense num diálogo olho no olho. E o tipo de mãe que compete sem pudor algum com a filha? Todo mundo sabe que as mulheres competem instintivamente uma com as outras, seja no vestido mais bonito, no cabelo mais sedoso, no corpo sem celulite e no rosto sem rugas. E lá vem a mãe querendo ser a irmã mais nova da própria filha. Surgem então às comparações de quem é a mais paquerada na rua, quem ganha mais cantada, típica da mãe recém separada que quer provar enquanto ainda pode. E quando ela cisma de namorar o amigo da filha? Graças às cirurgias plásticas, as mães realmente estão cada vez mais rejuvenescidas, o que não lhe da o direito de ser imatura a ponto de uma rixa familiar. Nada contra as mães separadas que buscam um novo amor, mas apelar a ponto de disputar com a filha, isso com certeza não é sensato. É preciso ter discernimento nestas situações, saber diferenciar e se posicionar como mãe, orientar, participar da vida do filho e em momentos certos deixá-lo fazer suas próprias escolhas e acima de tudo aceitá-las. De qualquer forma, mãe é tudo na vida de um filho, sempre faz falta. Cada uma no seu estilo, elas são insubstituíveis com ou sem o manual de comportamento, mesmo, às vezes merecendo um puxão de orelha.